Paquerar na internet pode parecer divertido! A gente se ri das investidas que nos fazem, a gente se gaba dos sonhos que provocamos. A gente consegue achar graça das palavras de sedução, aquela sedução pelo riso. Riso fácil, de egocentrismo.
As expectativas das pessoas nos fazem sentir tão cheios de charme, as expectativas das pessoas nos fazem parecer mais sedutores do que realmente somos e todo esse glamour destas emoções nos transporta para uma alegria impar, a alegria de ser quem pensam que somos, ou de sermos mais que nos acreditamos.
Paquera ao vivo também é bom. Parece menos agressiva e mais impetuosa. A resposta nos olhares indica o caminho a ser seguido, ou o momento de parar. Mas não consegue ser tão intensa quanto a paquera da internet.
Alguns, que se sentem especialistas neste assunto, dizem que o motivo de tanta intensidade é o fato de não vermos os defeitos do outro. Outros porque por internet só é possível observarmos carinho. E carinhos sinceros interessam.
Como alguém pode testar a sinceridade de quem está, de modo quase narciso, refletindo sobre si mesmo o objeto da admiração? Carinhos sinceros interessam, quando se pode observar o carinho ou a sinceridade?
De qualquer modo, a intensidade destes afetos pode ser medida pela expectativa que cria. A expectativa pode ser avaliada pelo desgaste que causa. Nenhuma diversão é gratuita. O preço pode estar embutido na sua atividade, quanto mais for capaz de agir, e no seu desgaste, quanto mais for capaz de se retrair, se tolher.
O homem é sempre sujeito à causa e efeito. Paquerar na internet pode parecer divertido. Toda diversão tem preço, que nem sempre é medido pela moeda...
Um comentário:
nunca tive sorte na net.
nunca tive sorte fora da net.
O Amor.
Postar um comentário