O
que mais importa sobre os médicos cubanos não são os R$ 511.000.000,00 que
serão investidos em Cuba mas que poderiam ampliar as condições de
tratamento dos nossos doentes, se eles não poderão ser
influenciados pela nossa cultura, não podem passear, se possuem
familiares na sua terra natal ou se serão vigiados ou se possuem
toque de recolher, sem direito a fazer daqui sua nova terra.
O
fato é que esta experiencia não é nova. Já vinha acontecendo sem
tanto alarde das mídias, sem tantos protestos. Eles já estiveram
aqui antes, na região norte do país. De igual, só a constante
reclamação a respeito do exame de revalidação que, para os
cubanos, apesar da lei (Lei 3.268/57), não vem sendo cumprida e eles
trabalham sem CRM, sem CPF, sem RNE. São uma categoria diferenciada.
Não
houve concurso público que atraísse médicos brasileiros para
regiões remotas do país, não houveram salários atrativos com
planos de carreira definidos. Não houve nenhuma forma de
infra-estrutura na área médica para despertar o interesse numa
região em que juízes são mortos, onde não há vigilância de
fronteiras. Apenas acordo internacional, exclusivamente com Cuba,
atravez da Organização Panamericana de Saúde. Nenhum médico
cubano poderá escolher seu destino, seu lugar de atuação. Para
estes médicos, tudo será diferente. Eles não sabem para onde vão.
Seus salários serão entregues ao governo cubano, só precisam
entender um pouco de portugues, não precisam conhecer as doenças
que afligem os brasileiros destas regiões muito menos as medicações
disponíveis, se é que existe alguma. Mas terão casa e comida.
A
terceirização dos serviços de saúde, na prática, já está
acontecendo com a vinda dos cubanos, mas o Tribunal de Contas da
União vai analisar o contrato. Não se pagam salários, se paga a
concessão do uso do serviço de um cidadão que pertence à Cuba.
Não há responsabilidade civil sobre os atos médicos no interior de
regiões onde só é possível chegar de barco, onde tudo é
precário.
As
boas vindas chegaram com o clamor entusiasmado de quem vê o
comunismo adentrando as portas do Brasil. Aos gritos de “Brasil,
Cuba, América Central, a luta socialista é internacional” ou “Te
cuida, te cuida, te cuida imperialista, a América Latina vai ser
toda socialista” e isso é muito diferente de desejar a saúde do
povo ou de lembrar que eram médicos. Para quem recepcionava, eram
apenas agentes de Fidel. As vaias também aconteceram e foram para os
agentes de Fidel.
Com
bandeirinhas de Brasil e Cuba, vestidos de jaleco branco, eles
chagaram. Vão sair R$ 511.000.000,00 com destino à Cuba como
pagamento da locação temporária destes humanos que Cuba estatizou.
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