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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Sobre violência


A violência tem sido o foco de diversas campanhas, tanto relacionadas à educação quanto ao trabalho e emprego, notoriamente disfarçada pelos meios divulgadores dos índices.
A questão da violência não aborda o cotidiano das populações, nem o nível de expectativa social de suas vítimas ou de seus agentes. Fica parcialmente divulgado a causa ou a conseqüência de ações violentas. Certa vez ouvi dizer: “a violência é a expressão trágica de necessidades não atendidas”, mas a isso eu chamo de frustração seguida de abuso. Trágico, mas não por haver alguma necessidade. Certamente por ter havido o abuso!
O que leva alguém ao conflito é diametralmente diferente do que leva alguém ao abuso.
Conflitos podem ser conseqüentes de ajustes, de acertos, de ter que se separar de alguma característica do indivíduo e toda separação, definitiva ou não, pode causar sofrimento. O sofrimento pode ter como reação um impulso violento. Violento como uma ação involuntária, como um reflexo.
Roubo é expressão de violência. Destrói uma sociedade! Se houverem números de veículos roubados, acima de um certo nível de expectativa, as seguradoras vão aumentar seus preços. Os veículos vão aumentar seus preços. As taxas cobradas pelos governos vão aumentar seus preços. O povo, certamente, vai ter que aumentar sua cota de produção.
Agressão, inconfundivelmente, é expressão de violência. Geralmente acontece quando o agressor enfrenta uma vítima mais fraca. E toda uma sociedade é punida. Punida com um número de atendimento médico insuficiente para o número de necessitados. Punida com um número insuficiente de policiais apara esta sociedade. Punida com péssimos exemplos dados pelos agressores. Punida pela impunidade destes agressores.
Enquanto o homem tiver preguiça de amadurecer seu pensamento, enquanto o homem decidir agir passivamente diante dos erros de seus filhos, enquanto as pessoas esperarem que seu orgulho não seja rebaixado pela ignorância do outro, enquanto a ética for matéria de filosofia, enquanto isso acontece, vemos as campanhas que tratam sobre a violência e dela tiram proveito econômico, fato que em si já é violento.

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